quarta-feira, 25 de abril de 2012

TRANSITO EM NITEROI MUDA HOJE.

A partir de quarta, Avenida Roberto Silveira, em Niterói, terá mão única

Ruas Mem de Sá e Gavião Peixoto serão vias principais na volta do trabalho.
Medida da prefeitura tenta melhorar trânsito na Região Metropolitana do RJ.

Do G1 RJ
Comente agora

Mapa mostra mudanças no trafégo de Niterói (Foto: Divulgação/ Prefeitura Niterói)Mapa mostra mudanças no trafégo de Niterói (Foto: Divulgação/ Prefeitura Niterói)
A partir de quarta-feira (25), a Avenida Roberto Silveira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, vai passar a ser mão única, no sentido centro, como mostrou o RJTV. A mudança, que cria também duas faixas exclusivas para ônibus na via, faz parte de uma série de medidas adotadas pela prefeitura para tentar melhorar o trânsito na cidade.
A avenida é muito utilizada na parte da manhã por quem vai em direção ao Centro de Niterói e ao Rio de Janeiro. No horário da tarde, quando o fluxo é intenso no sentido contrário, os motoristas deverão seguir pelas Ruas Gavião Peixoto e Mem de Sá, a partir da Rua Miguel de Frias.
A Rua Mem de Sá já teve a mão alterada em um trecho, e agora ela segue por toda a sua extensão em sentido à Rua Lopes Trovão, que passa a ser a melhor opção para os motoristas que vão para os bairros de Cubango, Santa Rosa e Vital Brasil.
Os ônibus que vão para Pendotiba e para a Região Oceânica devem passar pelas faixas exclusivas implantadas na Rua Gavião Peixoto, enquanto os que vão para Santa Rosa devem passar pela Rua Mem de Sá.
A prefeitura informou ainda que o trânsito de caminhões está proibido nas Ruas Mem de Sá, Gavião Peixoto e Moreira Cesar entre 16h e 22h. O estacionamento na Rua Gavião Peixoto e no trecho da Rua Miguel de Frias entre a Avenida Marquês de Paraná e Rua Gavião Peixoto também está proibido, segundo a prefeitura.
Desde fevereiro, as ruas Otávio Kelly, Silvestre Rocha e Carlos Halfeld já estão funcionando com seu sentido alterado, como forma de facilitar a adaptação dos moradores da cidade, de acordo com a prefeitura.
As linhas de ônibus que passarão pela Rua Mem de Sá serão: 15; 34; 34A, 35; 39; 40; 40A; 45; 66. Já na Rua Gavião Peixoto, circularão as seguintes linhas: 30; 31; 36; 37; 38; 38A; 44; 48; 53; 57; 62; 62A.

NÃO REELEJA VEREADOR NESTA ELEIÇÃO.

http://glo.bo/HZS8nW

sábado, 21 de abril de 2012

IMPUNIDADE CONTINUA SOLTA.


PMs são acusados de matar jovem inocente na Pavuna, e de estuprar e torturar mulher na Rocinha

Cristiane segura a foto do filho, Breno
Cristiane segura a foto do filho, Breno Foto: Urbano Erbiste
Carolina Heringer, Marcelo Gomes, Paolla Serra e Roberta Hoertel
Tamanho do texto A A A
Em pouco mais de 24 horas, policiais militares se envolveram em duas tramas de tortura, agressão sexual, tiros e morte de um suposto inocente. Numa delas, ocorrida na noite de quarta-feira, policiais do Batalhão de Choque são suspeitos de estuprar e agredir uma mulher na Rocinha. Na outra, parentes de um jovem morto na Pavuna, na noite de quinta, acusam PMs do 41º BPM (Irajá) de terem matado sem motivo o rapaz.
Presa por furto, foi a própria vítima dos PMs na Rocinha quem os denunciou. A mulher, de 36 anos, contou que antes de ser levada para a delegacia foi espancada com socos, chutes e golpes de toalha molhada. Além disso, sofreu violência sexual, mas não houve penetração.
Laudo de exame de corpo de delito feito no Instituto Médico-Legal (IML) atestou que a vítima sofreu "lesão corporal e ato libidinoso diverso de conjunção carnal". A mulher continua presa na carceragem da 14ª DP (Leblon), e os PMs suspeitos ainda não foram ouvidos.
Na localidade conhecida como Campo do Falcão, próximo ao Morro do Chapadão, na Pavuna, onde morava Breno Martins, de 18 anos, o clima é de revolta. O jovem foi morto com um tiro na cabeça a poucos metros de sua casa.
A PM alega que foi ao local para checar uma denúncia, e Breno estaria vendendo drogas na região. Familiares, amigos e testemunhas contestam. Eles dizem que o jovem estava conversando com uma amiga, na porta da casa dela, quando a polícia chegou atirando. E negam que Breno tivesse envolvimento com o tráfico.
Na 22ª DP (Penha), o caso foi registrado como auto de resistência, morte resultante de confronto. Quem estava no local garante: nenhum tiro foi disparado contra os PMs.
Os PMs debocharam do nosso sofrimento, diz tia de rapaz morto na Pavuna
A última recordação que o auxiliar de serviços gerais Fernando dos Santos Marins, de 25 anos, guarda do enteado é o sorriso e a combinação de blusa preta, bermuda verde estampada e chinelo que ele usava ao sair de casa. Breno foi enterrado, na tarde desta sexta-feira, no Cemitério de Inhaúma. A família do jovem, que acusa a PM pelo crime, pretende entrar com uma ação contra o Estado e quer punição para os policiais envolvidos na ação.
— Eles (os policiais) já chegaram atirando. Mesmo que meu filho fosse bandido, ele não merecia morrer assim — emocionou-se a mãe do jovem, Cristiane Martins da Costa, de 36 anos.
De acordo Cristiane, os PMs ainda ironizaram a família e xingaram a artesã Jaqueline Martins da Costa, uma das tias da vítima.
— Eles debocharam do nosso sofrimento — acusa Jaqueline.
Segundo a família, Breno nunca teve envolvimento com o tráfico de drogas. Parou de estudar na 7ª série, no início do ano passado, para fazer bicos e complementar a renda da família. O jovem chegou a trabalhar como camelô e vendedor de hambúrguer, e iria começar como ajudante de caminhão num supermercado na Avenida Brasil, na próxima terça-feira, dizem os parentes.
— Ele era muito querido por aqui, prestativo com todo mundo. Todos estão muito abalados — contou uma amiga de Breno.
Os policiais do 41º BPM (Irajá) envolvidos na operação que terminou com a morte de Breno ficarão trabalhando em outro setor da Polícia Militar até que a investigação seja concluída. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, será aberta uma "averiguação" para apurar o que ocorreu naquela noite.
Sobre as investigações, a assessoria da Polícia Civil informou que a perícia no local do crime foi acompanhada pelo delegado que estava de plantão na 22ª DP (Penha). Os policiais do batalhão de Irajá foram ouvidos na delegacia na própria noite de quinta-feira.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os fuzis usados pelos PMs foram apreendidos e serão encaminhados para perícia. O revólver calibre 38 — que, de acordo com os PMs, foi achado com Breno — também será periciado.
Nos próximos dias, familiares e amigos de Breno, além de testemunhas, serão chamados para depor. O inquérito será transferido da 22ª DP para a 39ª DP (Pavuna), unidade que atende à região.
Família de Breno mostra a carteira e trabalho do rapaz
Família de Breno mostra a carteira e trabalho do rapaz Foto: Urbano Erbiste
Equipe do Choque acusada de crime na Rocinha tem a prisão pedida
A Polícia Civil voltou a pedir na noite desta sexta, no Plantão Judiciário, a prisão de três dos quatro PMs do Batalhão de Choque envolvidos na suposta tortura e violência sexual na Rocinha. A primeira solicitação havia sido negado pela Justiça.
Na tarde da última quarta-feira, a mulher furtou a bolsa de uma moradora da Rocinha que possui uma espécie de birosca em casa. A suspeita pediu um cafezinho teria ido embora com a bolsa da vítima, quando ela foi buscar a bebida no interior de casa.
A vítima desconfiou da mulher e, no início da noite do mesmo dia, encontrou a casa da suspeita, na Rua 2, parte alta da favela, com a ajuda dos quatro PMs do Choque. Os cinco entraram na residência e acharam a bolsa que fora furtada. A dona da bolsa, então, saiu da casa, acompanhada de um PM (que não teve a prisão pedida). Um segundo PM ficou na porta da residência.
Já os outros dois iniciaram a sessão de tortura, com socos, pontapés e golpes de toalha molhada na mulher. Ela também foi algemada e teve os braços amarrados até a altura do cotovelo. Os PMs também despiram a ladra, e a violentaram sexualmente, mas não houve conjunção carnal. Antes de levarem a mulher à 14ª DP, os PMs a ameaçaram, dizendo que se ela revelasse o que havia acontecido, eles matariam seu filho, que é excepcional.
Em nota, a Polícia Militar informou que os quatro envolvidos foram afastados das atividades operacionais até o término da investigações.


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/pms-sao-acusados-de-matar-jovem-inocente-na-pavuna-de-estuprar-torturar-mulher-na-rocinha-4703156.html#ixzz1sfYHx81a

TA ESQUENTANDO BRIGA PELO MENSALÃO


Peluso x Barbosa: julgamento do mensalão não será comprometido

É o que dizem especialistas ouvidos pelo GLOBO, que lamentaram episódio entre ministros

Publicado:
Atualizado:
SÃO PAULO – Especialistas ouvidos pelo GLOBO lamentaram a troca de farpas entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, mas acreditam que as “picuinhas pessoais” não comprometerão o iminente julgamento do mensalão. Dois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de "temperamento difícil" por Peluso, Barbosa, hoje vice-presidente da Corte, respondeu de forma ríspida. Em entrevista ao GLOBO, chamou o agora ex-presidente do STF de "ridículo", "brega", "caipira", "corporativo", "desleal", "tirano" e "pequeno". Disse, ainda, que Peluso manipulou resultados de julgamentos de acordo com seus interesses.
Para o jurista Alberto Zacharias Toron, as declarações de Barbosa causaram surpresa.
- É de se lamentar o barraco no Supremo. Causa profunda surpresa, para não dizer indignação, a declaração do ministro Joaquim de que o ministro Peluso manipulava resultados de julgamentos. Ele pode ter todos os defeitos do mundo, menos este. O ministro Peluso revelou-se muitas vezes exasperado e até autoritário, mas honestidade não lhe falta.
Toron, no entanto, acredita que as divergências não devem comprometer o julgamento do mensalão e que a presidência de Ayres Britto “será a do permanente diálogo com as instituições”.
- Está longe de ser um liberal em matéria penal, mas compensa isso nas questões sociais – diz Toron.
Na opinião do também jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, o episódio envolvendo a briga dos ministros é um dos mais degradantes da história Corte.
- Ambos estão desorientados e conquistaram um lugar cativo nas torcidas organizadas do futebol. Peluso peca pelo destempero e Barbosa, pelo excesso de retorsão.
- Com essa entrevista ao GLOBO, Barbosa dá um tiro no próprio pé, atingindo não só ele como também os outros ministros do STF. Se Peluso manipulava resultados de julgamentos, então ele e todos os ministros sabiam e nada fizeram? - questiona o jurista.
Apesar disso, Maierovitch acredita que o novo presidente do STF, ministro Ayres Britto, contornará a situação e deverá levar o caso do mensalão para ser julgado em julho, no recesso da Corte, mesmo com a resistência do ministro Marco Aurélio Mello.
O cientista político Fernando Antonio de Azevedo, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), também acha improvável que a briga entre os dois ministros atrapalhe o julgamento do mensalão.
- Eu considero isso improvável. Na verdade, essa briga lamentável veio a público e reflete pensamentos diferentes dos ministros, além de muita picuinha pessoal. Quando entrar em pauta o julgamento do mensalão, acredito que os ministros vão se ater às questões técnicas. Essas divergências não devem contaminar o processo – ponderou Azevedo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/peluso-barbosa-julgamento-do-mensalao-nao-sera-comprometido-4698439#ixzz1sfRUxOxO

quarta-feira, 18 de abril de 2012

CATADORES VÃO ACABAR FICANDO NA MÃO.


Fundo para catadores de lixão causa divergência

Secretários estadual e municipal não chegam a acordo sobre dia de pagamento de R$ 21 milhões

Publicado:
Atualizado:

Catadores em Gramacho: eles vão receber recursos de um fundo
Foto: Pablo Jacob / O Globo
Catadores em Gramacho: eles vão receber recursos de um fundoPABLO JACOB / O GLOBO
RIO - Quando o assunto é o aterro de Gramacho, prefeitura e governo do estado não se entendem. Na terça-feira, a Secretaria estadual do Ambiente divulgou que o pagamento do fundo de R$ 21 milhões destinado aos catadores do lixão seria efetuado até o dia 25 de maio. A Secretaria municipal de Conservação, no entanto, responsável pelo repasse, negou que já tenha sido estabelecida uma data limite para o depósito dos recursos.
— Nós nos comprometemos apenas a pagar aos catadores no mês de maio e a não fechar o lixão antes da liberação desse dinheiro. Vamos aguardar o envio da lista de catadores e a abertura das contas nos nomes deles, na Caixa Econômica Federal, para fazer uma nova reunião e definir a data de pagamento — afirmou o secretário de Conservação, Carlos Osório.
A lista com os nomes dos catadores que atuam em Gramacho será enviada à prefeitura na próxima terça-feira, segundo informou o secretário do Ambiente, Carlos Minc. Na terça-feira foi realizada a primeira reunião oficial do conselho gestor criado para administrar os recursos de apoio aos catadores.
De acordo com Minc, durante o mês de maio, a secretaria vai atuar também junto à prefeitura de Caxias para encontrar uma solução viável para o descarte de aproximadamente mil toneladas de lixo produzidas diariamente no município.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/fundo-para-catadores-de-lixao-causa-divergencia-4675029#ixzz1sQl6caZN
MEIO AMBIENE E SUSTENTABILIDADE.AS CIDADES TEM QUE INVESTIR NISSO!

ISSO É UM VERDADEIRO ABUSO COM UMA MENOR


Criança algemada reacende debate sobre ação da polícia nos EUA

Aluna do Jardim de Infância teria jogado livros para o alto em acesso de raiva

Publicado:
Atualizado:

Salecia Johnson: algemada após ataque de fúria na escola
Foto: AP
Salecia Johnson: algemada após ataque de fúria na escolaAP
ALBUQUERQUE - Uma professora do Novo México pediu a uma aluna de 13 anos que parasse de conversar com outra estudante e que mudasse de lugar. A menina se recusou. A professora chamou a polícia. Dentre tantos outros casos nos Estados Unidos, este reacendeu um duradouro debate sobre a interferência policial no trato com alunos problemáticos. O caso mais recente envolve uma criança de apenas 6 anos. Num jardim de infância do estado da Georgia, Salecia Johnson foi retirada da sala de aula algemada depois de jogar para o alto livros e brinquedos durante um acesso de raiva. A polícia defendeu sua ação depois de ter sido chamada para conter o que foi classificado como tentativa de agressão ao diretor e danos à propriedade da instituição de ensino.
— As crianças estão sendo presas por serem crianças — disse Shannon Kennedy, uma advogada de direitos civis que entrou com uma ação contra a escola pública e o Departamento de Polícia do distrito de Albuquerque em favor de centenas de alunos detidos por pequenos delitos, incluindo posse de telefones celulares em sala de aula, destruição de livros de História e brincadeiras com preservativos inflados como balões de gás.
Em Milledgeville, na Georgia, uma cidade a 150 quilômetros da capital Atlanta e com 18 mil habitantes, a pequena Salecia foi acusada de jogar objetos nas paredes e atirar livros e brinquedos, na escola elementar Creekside num episódio ocorrido na última sexta-feira, mas cujo debate esquentou esta semana. Policiais afirmaram que ela teria atirado uma pequena estante na perna do diretor, e ainda saltado sobre um triturador de papel e tentado quebrar uma moldura de vidro. A polícia não informou o que causou o ataque. Superintentende das escolas locais, Geneva Braziel diz que o comportamento da estudante foi violento e que a ação dos agentes era necessária para manter a aluna, seus colegas de classe e seus professores em segurança.
Salecia foi algemada e levada numa patrulha até a delegacia. Ela foi levada a uma sala, tomou um refrigerante e não foi indiciada. Sua tia, Candace Ruff, disse ontem que a menina reclamou das algemas:
— Ela disse que machucaram seus pulsos.
A política do Departamento de Polícia é algemar qualquer pessoa que seja detida, a despeito de idade, por questões de segurança. Na Flórida, o uso da força policial nas escolas surgiu há alguns anos, quando agentes prenderam um aluno do jardim de infância que causou confusão durante um concurso. Neste ano, uma lei foi proposta para impedir policiais de prenderem crianças por pequenos delitos ou outros atos que não representem ameaças de segurança.
Advogados especializados em direitos civis e peritos em Justiça Criminal dizem que professores frustrados e diretores estão chamando a polícia com muita frequência para lidarem com tumultos de pequena importância. Mas outros educadores afirmam que a presença policial, que tem crescido em resposta às antigas políticas de tolerância dos anos 90 e a tragédias como o massacre de Columbine, é necessária para manter em segurança tanto o corpo docente quanto os estudantes de bom comportamento.
De assédio sexual em escolas elementares e médias a crianças jogando móveis para o alto, "há ainda mais desrespeito crônico e extremo, desinteresse e alunos que basicamente não se importam", disse Ellen Bernstein, presidente da associação de mestres de Albuquerque. Especialistas apontam para uma série de fatores que levam às prisões: alguns agentes estão trabalhando sem treinamento especial; administradores escolares estão desesperados para conseguir a atenção e o engajamento de pais distantes; e professores sobrecarregados não estão cientes de que chamar a polícia para resolver uma situação pode levar a sérias acusações criminais.
— É do meu conhecimento que as escolas têm confiado um pouco demais na força policial para resolver problemas disciplinares — afirmou Darrel Stephens, ex-chefe de polícia de Charlotte, na Carolina do Norte, e atual diretor-executivo da Associação de Chefes de Polícia das Grandes Cidades.
Há poucos dados nacionais sobre o assunto, e os números que poderiam informar quantas vezes a polícia é chamada para prender estudantes não é acompanhado. Algumas crianças são indiciadas e ganham antecedentes criminais em suas fichas, mas os casos variam de acordo com sua natureza e com a jurisdição; outras são liberadas, sem maiores consequências.
Em Connecticut, oficiais de justiça começaram a monitorar a prisão de estudantes: desde março do ano passado, cerca de 1.700 alunos foram detidos, quase dois terços deles por pequenas brigas e conduta desordeira. O senador John Whitmire, do Texas, diz que educadores e a polícia precisam fazer uma distinção melhor de quem eles temem e de quem eles têm raiva.
— Se você tem medo de alguém porque esta pessoa porta uma arma ou drogas, é claro que uma ação é necessária. Se são só crianças que o irritam, você não precisa tornar isso um crime.
Em Albuquerque, que começou a monitorar essas prisões depois de notar que a maioria das pequenas infrações registradas vinha das escolas, mais de 900 dos 90 mil estudantes foram levados ao sistema de justiça criminal no ano escolar de 2009 a 2010. Desses, mais de 500 foram algemados, presos e levados à detenção juvenil, segundo a polícia. Mais de 200 alunos foram detidos por ofensas menores, como conduta desordeira, resistência à prisão e recusa a ordens.
Dados preliminares indicam que o número de prisões caiu 53% desde que uma ação judicial foi impetrada em 2010, pedindo que agentes da lei tenham mais cautela. A direção das escolas de Albuquerque não comentaram os casos.
Mas advogados e pais dizem que estas primeiras prisões podem causar ainda mais problemas. Annette Montano afirma que seu filho de 13 anos foi detido na escola depois de arrotar durante uma aula de educação física. A tensão entre o menino e a direção da escola levou a outras ocorrências, incluindo uma revista íntima depois que ele foi acusado de vender drogas.
Na Geórgia, a família de Salecia disse que a menina foi suspensa da escola até o fim do ano letivo americano, em agosto.
— Não queremos ver isto acontecendo com outra criança, porque é horrível — afirmou Candace, tia da menina.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/crianca-algemada-reacende-debate-sobre-acao-da-policia-nos-eua-4681040#ixzz1sQiB6rxL