quarta-feira, 11 de abril de 2012

SOLIDARIEDADE NA EXPOLONDRINA.

11/04/2012 -- 00h00

Espaço para solidariedade

Entidades e associações de moradores tem a oportunidade de divulgar o trabalho na ExpoLondrina
Fotos:Marcos Zanutto
Maria Márcia Ferreira, da Associação do Jardim Bandeirantes: ‘‘Queremos produzir peças alegres, bonitas e que tenham utilidade’’
Valdirene de Ramos, de Tamarana: oportunidade de mostrar o talento
Estande do grupo Amarte, de Rolândia: reconhecimento do público
Marcada pela visibilidade que oferece a produtos e serviços do Paraná, de estados vizinhos e até de fora do País, a ExpoLondrina tem oportunizado que entidades e associações de geração de renda também divulguem os trabalhos de cunho social e ainda arrecadem recursos para a manutenção dos trabalhos. 

O artesanato é a principal atividade desses grupos que utilizam todo o conhecimento adquirido nos cursos, promovidos pelas próprias associações, e a habilidade com as mãos para criar peças únicas, que encantam os olhos e decoram as casas. São guardanapos, toalhas de mesa e de banho, tapetes, capas de almofadas, bolsas personalizadas, chaveiros, enfeites para os cabelos, roupas e chinelos, entre outras mercadorias. Os espaços foram cedidos pela Sociedade Rural do Paraná, organizadora da ExpoLondrina, realizada no Parque Ney Braga e que segue até domingo, dia 15. 

Tudo produzido com muito carinho por mulheres que conquistam um espaço no mercado de trabalho por meio do mais gostam de fazer. ''Produzir peças alegres, bonitas e que tenham utilidade para os clientes. É isso que nos motiva a confeccionar as peças'', sorri a artesã Maria Márcia Ferreira, coordenadora da Associação de Mulheres Batalhadoras do Jardim Bandeirantes (Oeste), que se diz satisfeita por ter conseguido um espaço em um dos barracões da feira.

''Esse é um sonho que se realiza para nós. Sabemos que ganhar um espaço para mostrarmos o nosso trabalho não é fácil e estamos muito felizes por esse reconhecimento'', destacou a coordenadora, que espera faturar mais de R$ 5 mil com a feira. ''Queremos ultrapassar a meta do ano passado, que foi de 4 mil.'' 

A ExpoLondrina abriu espaço também para que associações do Centro, do Jardim Franciscato (Zona Sul), Jardim Sabará (Zona Oeste), Conjunto Luís de Sá (Zona Norte) e do Monte Cristo (Zona Leste) também expusessem os trabalhos do grupo de artesãs. 

''A maioria das associações não tem uma sede, produzimos o artesanato em nossas próprias casas e aproveitamos para vender os produtos nas feiras, por isso a Expo é um dos eventos mais aguardados por nós'', conta Jaqueline Proença, vice-coordenadora da entidade da Zona Norte. ''Essa é a maneira que encontramos de divulgar o que produzimos. Além do que vendemos aqui, muita gente que conhece o trabalho, ao passar pela barraca, acaba fazendo encomendas.'' 

Satisfação 

A feira possibilita que artesãos de outras cidades participem, como é o caso de Valdirene de Oliveira Ramos, do Assentamento Mandassaia, de Tamarana (Norte), e o grupo de mulheres do Amarte (Associação dos Amigos Artesãos e Artistas de Rolândia), que expuseram os porta-retratos personalizados com fuxicos, colares, bonecas, chinelos com aplicações em couro e pedras, bonecas de pano, adereços para o cabelo, chaveiros e muitos outros objetos de decoração para casa. 

''A maior satisfação que a gente tem vem do reconhecimento do público que passa pelas barracas e elogiam o nosso trabalho. Nos sentirmos realmente úteis, produtivas, é uma sensação indescritível'', dizia Maria Rompato Iastrenski, coordenadora do Amarte. O grupo tem um ano e conta com a participação de 10 mulheres. 

''Muitas pessoas têm o hábito de julgar as pessoas dos assentamentos como preguiçosas, que não gostam de trabalhar e aqui elas têm a oportunidade de ver um outro lado. O quanto a gente se esforça para ganhar o nosso dinheirinho com honestidade por meio do talento que temos'', completou Valdirene. 

Entidades como a Adefil (Associação dos Deficientes Físicos de Londrina), SOS Vida Animal e APSDown (Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down) também participam do evento. As barracas das entidades e associações ficam no Pavilhão Internacional e na Via Rural. Nesse segundo espaço, os expositores têm o apoio da Unopar e Emater.

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