terça-feira, 10 de abril de 2012

FRAUDE NA GESTÃO DAS UPAS.

Polícia investiga pagamentos feitos por organização social que atua em UPAs

Suspeita é que instituto desembolsou valores indevidos ou superfaturados

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UPA em Madureira, uma das unidades de saúde onde o Iabas atua
Foto: Bia Guedes / O Globo
UPA em Madureira, uma das unidades de saúde onde o Iabas atuaBIA GUEDES / O GLOBO
RIO - A Delegacia de Polícia Fazendária da Polícia Civil abriu inquérito para investigar se houve irregularidades em pagamentos feitos a fornecedores pela organização social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas). O alvo são os contratos que a entidade mantém com a prefeitura do Rio para manutenção, com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), de 15 unidades, inclusive do Programa de Saúde da Família (PSF), como mostrou denúncia da revista "Veja". Da lista fazem parte cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Madureira, Vila Kennedy, Complexo do Alemão, Costa Barros e Cidade de Deus. Há suspeitas de pagamentos indevidos ou superfaturados a fornecedores, que somam mais de R$ 3,3 milhões, segundo inspeção especial feita pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).
De acordo com o "RJ-TV", da TV Globo, os depoimentos começarão a ser ouvidos na quarta-feira. Os primeiros a depor serão diretores da Rufolo, que supostamente estariam entre os beneficiados pelas compras irregulares. O TCM descobriu que a organização social pagava até R$ 2.500 pelos serviços de cada segurança, um valor 71% acima do que a prefeitura desembolsa pela contratação direta desse serviço.
A Rufolo foi uma das empresas denunciadas pelo "Fantástico", no mês passado, por tentativa de suborno para obter contratos no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da UFRJ. Passando-se por gestor de compras do hospital, um produtor do programa recebeu ofertas de propina para fechar contratos com a Rufolo e mais três empresas: Locanty, Toesa e Bella Vista.
Os problemas nos pagamentos da OS foram revelados pela revista "Veja" e pelo "RJ-TV". O GLOBO descobriu que, em novembro, a Secretaria municipal de Saúde decidiu renovar alguns contratos com a entidade por mais dois anos, quando a organização já era investigada pelo Tribunal de Contas do Município. A secretaria informou, por nota, que decidiu descontar de prestações de contas futuras os valores que, segundo o TCM, foram pagos indevidamente. Na nota, o órgão informou ainda não estar descartada a hipótese de revogar os contratos, caso sejam identificadas outras irregularidades.
Médico que dirigiu OS pede afastamento do Cremerj
As organizações sociais mantêm hoje contratos com a prefeitura do Rio não apenas na saúde, mas em outras áreas, como assistência social, esportes, lazer e cultura. Ontem, o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) informou ter recebido um pedido do médico Ricardo José de Oliveira e Silva para se afastar das atividades de conselheiro.
Segundo a "Veja", Ricardo foi o diretor-médico do Iabas que assinou o contrato com a prefeitura. E deixou o cargo em fevereiro de 2011 para administrar, no Rio Grande do Norte, a campanha "Natal contra a dengue", que contava com uma verba de R$ 8,1 milhões repassada à ONG Instituto de Tecnologia de Capacitação e Integração Social. De acordo com a revista, ele ficou dois meses no cargo e foi afastado por irregularidades contábeis e na contratação de serviços.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/policia-investiga-pagamentos-feitos-por-organizacao-social-que-atua-em-upas-4535006#ixzz1rcyJi

infelizmente tem que acontecer auditorias em todas as areas para se ter uma ideia da extensão deste probleme com a corrupção.

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