quarta-feira, 27 de junho de 2012

CRACK A DROGA DA MORTE:ORDEM VEIO DA PRISÃO


Ordem para fim de venda de crack em favelas teria saído de presídios

Chefes de facção criminosa presos estariam querendo evitar ações policiais

RIO - A Delegacia de Combate à Drogas (Dcod) investiga a informação de que a proibição da venda de crack em favelas sob o domínio da maior facção criminosa do Rio partiu de chefes dessa organização que estão em presídios. Segundo a delegada titular da Dcod, Valéria Aragão, estão sendo checadas ainda informações de que a facção pretende apenas acabar com os atuais estoques de crack. Depois disso, a venda será suspensa. A decisão teria sido tomada para evitar a presença de policiais nessas comunidades em ações de recolhimento de usuários da droga.
A medida, de acordo com a delegada, teria começado nas favelas de Jacarezinho, Manguinhos e Mandela e se estenderam para as demais comunidades da facção no município do Rio:
— Creio que os traficantes estejam temendo ações como a que fizemos em conjunto com a Força Nacional no Morro Santo Amaro, no Catete, que, a princípio, não estava nos planos da pacificação. E isso acontece no Rio porque a Secretaria de Ação Social faz um trabalho de recolhimento diário nessas áreas.
Inicialmente, apenas o Jacarezinho parou de vender a droga. Em favelas como o Morro do Cajueiro, em Madureira, onde também se concentra uma cracolândia, usuários ainda se aglomeram e compram as pedras da droga. Para Valéria Aragão, agora é o momento de realizar ações sociais para retirar os usuários das ruas e levá-los para tratamento em abrigos.
Por nota, a Secretaria municipal de Assistência Social informa que já identificou a migração dos usuários da cracolândia do Jacarezinho para outras áreas próximas. A secretaria acrescenta que as ações de acolhimento passaram a ser feitas também no entorno do Jacaré, principalmente na Avenida Dom Helder Câmara. Desde janeiro de 2011 já aconteceram 26 operações, com 1.565 acolhimentos de adultos, adolescentes e crianças.


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