Asfalto em ano eleitoral já é alvo de polêmica
Em cerimônia de liberação dos R$ 3,6 bilhões, Cabral diz que não vai discriminar prefeituras
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RIO - Os R$ 3,6 bilhões conseguidos pelo governo do Rio junto ao
Banco do Brasil mal chegaram aos caixas do estado e já levantaram uma
polêmica. Deputados da oposição questionam se, em um ano de eleições
municipais, os recursos que serão repassados às prefeituras para
programas de asfaltamento e urbanização não serão utilizados de forma
eleitoreira.
O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) perguntou na tarde de quarta-feira, em discurso na Assembleia Legislativa, por que o volume de recursos destinado à recuperação de vias na Região Serrana, cerca de R$ 50 milhões, está tão abaixo dos R$ 700 milhões que serão liberados ao programa Asfalto na Porta, cuja proposta é asfaltar vias de 91 das 92 cidades do estado.
— É uma inversão de prioridades. E, embora a lei que autoriza esse empréstimo determine o detalhamento dessa operação, a gente não teve até agora nenhum conhecimento do que está dentro desse programa. Soube pelo GLOBO para onde iria o dinheiro. Somando o asfalto com os programas Infraestrutura em Comunidades e Somando Forças, é um total de R$ 1,21 bilhão para projetos com características eleitoreiras — reclama o parlamentar.
O governador Sérgio Cabral, no entanto, que na tarde de quarta-feira participou com a presidente Dilma Rousseff de uma cerimônia no Palácio Laranjeiras para celebrar a liberação da primeira parcela do empréstimo, afirmou que os recursos vão beneficiar o estado como um todo e que chegarão a todas as regiões do Rio.
— Não há um só prefeito que possa reclamar, levantar a voz para dizer que está sendo discriminado por não ser da base do governo.
Cientistas sociais recomendam atenção
Cientistas sociais, no entanto, recomendam que o processo seja transparente. Ricardo Ismael, do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, diz que o fato de os recursos chegarem em ano eleitoral exige clareza. Já o professor Eurico Figueiredo, coordenador do programa de pós-graduação de ciência política da UFF, diz que, embora não veja problema na liberação de recursos para programas tão urgentes para o interior, é preciso ficar atento aos gastos. Ele, no entanto, acha que os dividendos políticos dos projetos não serão colhidos este ano.
O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) perguntou na tarde de quarta-feira, em discurso na Assembleia Legislativa, por que o volume de recursos destinado à recuperação de vias na Região Serrana, cerca de R$ 50 milhões, está tão abaixo dos R$ 700 milhões que serão liberados ao programa Asfalto na Porta, cuja proposta é asfaltar vias de 91 das 92 cidades do estado.
— É uma inversão de prioridades. E, embora a lei que autoriza esse empréstimo determine o detalhamento dessa operação, a gente não teve até agora nenhum conhecimento do que está dentro desse programa. Soube pelo GLOBO para onde iria o dinheiro. Somando o asfalto com os programas Infraestrutura em Comunidades e Somando Forças, é um total de R$ 1,21 bilhão para projetos com características eleitoreiras — reclama o parlamentar.
O governador Sérgio Cabral, no entanto, que na tarde de quarta-feira participou com a presidente Dilma Rousseff de uma cerimônia no Palácio Laranjeiras para celebrar a liberação da primeira parcela do empréstimo, afirmou que os recursos vão beneficiar o estado como um todo e que chegarão a todas as regiões do Rio.
— Não há um só prefeito que possa reclamar, levantar a voz para dizer que está sendo discriminado por não ser da base do governo.
Cientistas sociais recomendam atenção
Cientistas sociais, no entanto, recomendam que o processo seja transparente. Ricardo Ismael, do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, diz que o fato de os recursos chegarem em ano eleitoral exige clareza. Já o professor Eurico Figueiredo, coordenador do programa de pós-graduação de ciência política da UFF, diz que, embora não veja problema na liberação de recursos para programas tão urgentes para o interior, é preciso ficar atento aos gastos. Ele, no entanto, acha que os dividendos políticos dos projetos não serão colhidos este ano.
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