quarta-feira, 27 de junho de 2012

FREI MOBILIZA FIEIS E PUBLICO ATRAVES DAS REDES SOCIAIS PARA SALVAR O CONVENTO SANTO ANTONIO


Abraço simbólico ao Convento de Santo Antônio

Grupo reclama de burocracia do Iphan e Ministério da Cultura

RIO - Cerca de 300 pessoas fizeram, na manhã de terça-feira, um abraço simbólico ao Convento de Santo Antônio, no Centro, para exigir que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ministério da Cultura aprovem, o mais rapidamente possível, a captação dos recursos necessários para a conclusão da restauração realizada no lugar. Entre os participantes do abraço estava o frei Ivo Müller, guardião do convento, que usou a internet para convocar amigos e fiéis. A igreja do convento ainda está em obras, mas será aberta a partir do próximo mês, às quartas-feiras, a visitação pública, na companhia de guias.
— Pedimos em oração que o Iphan e o Ministério da Cultura aprovem a captação dos recursos — disse o frei, que recebeu várias ligações de pessoas que não puderam ir por conta da forte chuva durante a manhã.
O complexo do Convento de Santo Antônio, apontado como um dos mais importantes exemplares da arquitetura franciscana e barroca do Brasil, está na terceira fase de restauro, com novas descobertas: três raros confessionários, além de outras preciosidades, com os dois coruchéus (o remate de uma torre ou campanário em forma de pirâmide) e o óculo da fachada (abertura que permite a entrada de luz).
Os três confessionários, que estavam emparedados e bem escondidos, são considerados os mais antigos do Brasil e datam de 1628. Somente duas igrejas no Brasil têm esse modelo de confessionário de integridade única: o Convento de Santa Teresa D’Ávila, em Salvador, e a Igreja de Santo Antônio.
— O projeto de restauro revelou um dado histórico importantíssimo para a arquitetura do país e do monumento em particular — disse o professor Olínio Coelho, responsável pelo projeto de restauração.
Outras raridades, só existentes no convento, foram reveladas pelo avanço das obras. No acervo encontram-se peças em terracota que se confundem com madeira dos séculos XVII e XVIII e bustos relicários. A nova fase da restauração vai durar cerca de dois anos.


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